Salve, salve

(Laís Moura)

Aviso-lhe de antemão que não sou daquelas que se satisfazem com um "talvez". Parti-me ao meio ao partir, mas voltei como me pedistes e de que forma me percebes?
Fraca.
Posso amar uma idéia? - me pergunto. Posso. Devo. Dentro de mim corre, como um rio, sangue. Pulsa dentro de mim meu melhor por você. Seu olhar lá fora me persegue, e eu aceito. Gosto. Admiro. De nós dois só entendem eu e você, e olhe lá! Mas as vezes percebo você assim, triste, dormindo...
Acorda! Acorda para a história que você entende muito bem, aprenda com seus erros! Cansei de defender você e suas idéias sem pé nem cabeça. Não lutarei mais, penso, não mais...! E no dia seguinte se reinicia. Olho para você, você para mim. Dá aquele frio na barriga só de pensar que posso ir embora.
Quero meus filhos perto de você.
Dentro de você.
Não me importo que você seja acomodado, nesse seu jeitinho de "um dia passa". Sei que atrás de todo esse verde que você se esconde há sangue. Há dor. E parece que só eu venho te entendendo...
Dizem que você é meio evoluído, rock'n'roll, alternativo. Los Hermanos. Mentira, mentira, matou por preguiça o que você criou de melhor! E por que ainda acredito? Por que ainda me levanto, rezo por você, e torço pelos projetos que cria?
Se não sou eu que o faço, ninguém jamais o fará.
Ouviram do Ipiranga uma canção, e me apaixonei. Assim. Puff.
E esse som, é liberdade? E liberdade existe?
Deve existir. Tenho a liberdade de estar com você numa paz que ninguém desconfia.
Meu Brasil, acorda. Nosso amor aconteceu e você fica aí, todo amarelo olhando o relógio...

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