Retorno
(Lais Moura)
Pegar o avião não significou nada até muitos dias depois, no parapeito da janela de um edifício que não era meu, num humor que não era meu. Lá embaixo "os mininu" brincando um futebol arranjado num chão acinzentado, as meninas ouvindo um pagode no celular e Caetano Veloso escrevendo rima. O céu chovia um dia azul sem nuvem.
E a brisa veio, lavou as árvores e fez pássaro levantar voo. Quis levantar junto.
O telefone tocando, o cachorro sarnento latindo e a morena vendendo acarajé.
Senti Salvador respirar fundo e sussurrar:
- Senti sua falta, nega.
Pegar o avião não significou nada até muitos dias depois, no parapeito da janela de um edifício que não era meu, num humor que não era meu. Lá embaixo "os mininu" brincando um futebol arranjado num chão acinzentado, as meninas ouvindo um pagode no celular e Caetano Veloso escrevendo rima. O céu chovia um dia azul sem nuvem.
E a brisa veio, lavou as árvores e fez pássaro levantar voo. Quis levantar junto.
O telefone tocando, o cachorro sarnento latindo e a morena vendendo acarajé.
Senti Salvador respirar fundo e sussurrar:
- Senti sua falta, nega.
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