Cotidiano

(Laís Moura)

Os dias morrem nas alturas dos seus joelhos

Ela é discreta e desliza momentaneamente
É corrigida e se arrepende
É Monalisa, escreve poesia, e desaprende.

Os dias nascem na altura dos seus olhos

Ela escreve o mundo quando pisca
Esquece e recita
Se atreve de vez em quando e aterrissa

Os dias vivem quando matam seus sonhos

Ela não escuta e as pessoas andam
Desacredita e a estimulam
E virando-a do avesso a devoram.

Os dias se esqueceram dela. Suas memórias foram compradas. Suas histórias foram esquecidas. Suas mentiras foram repessadas.

E agora?
O som do vento.

Comentários

Postagens mais visitadas