Carta de arrependimento
(Laís Moura)
Se não fosse o vento gelado que cortasse meu rosto
Não me levantaria naquela manhã
Mas nada, nada garantia que eu caísse
E não entendi por que estava tão triste
Bebi uma xicrinha de café apesar de odiar
O céu mórbido que expandia aquele olhar
Sabia que eras tu do outro lado da linha
Então corri para atender
Parei para entender
Mas não era você
Eis-me aqui! Garanti quando você passou
Cheguei a tal ponto de lhe sorrir
Tudo que eu queria era fugir
O asfalto me agarrou e eu fiquei meio sem querer .
Passou reto, nem um aceno
E a contragosto ouvi meu fascínio
Que garantia sobretudo
Que você vinha,
que ia dizer : és minha!
Mas você veio
Olhou de soslaio, soltou um bocejo
E se enfurnou na multidão
Maldita cidade, diria eu se estivesse viva
Maldito, maldito trem que me atirei!
Se não fosse o vento gelado que cortasse meu rosto
Não me levantaria naquela manhã
Mas nada, nada garantia que eu caísse
E não entendi por que estava tão triste
Bebi uma xicrinha de café apesar de odiar
O céu mórbido que expandia aquele olhar
Sabia que eras tu do outro lado da linha
Então corri para atender
Parei para entender
Mas não era você
Eis-me aqui! Garanti quando você passou
Cheguei a tal ponto de lhe sorrir
Tudo que eu queria era fugir
O asfalto me agarrou e eu fiquei meio sem querer .
Passou reto, nem um aceno
E a contragosto ouvi meu fascínio
Que garantia sobretudo
Que você vinha,
que ia dizer : és minha!
Mas você veio
Olhou de soslaio, soltou um bocejo
E se enfurnou na multidão
Maldita cidade, diria eu se estivesse viva
Maldito, maldito trem que me atirei!
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