Ouro Preto
(Laís Moura)
Passava as férias em Belo Horizonte, e resolvi visitar Ouro Preto. Não pretendia ficar muito dias lá - no máximo um final de semana. Peguei o ônibus e acabei tirando um cochilo, cansada por ter virado a noite numa festa. Acordei com o ônibus freiando, e percebi que estava em um posto de gasolina.
Olhei em volta: ninguém.
- ô moço, onde é que eu tô?
- Bom, aqui é a última parada.
- Mas eu quero ir para Ouro Preto!
- Então é isso mesmo. Eu só venho até aqui, aí você pega outro ônibus.
Foi o que eu fiz. Com o nome da república masculina que eu ia me instalar - recomendação de um amigo meu - cheguei em Ouro preto. Já estava noite, e quando finalmente encontrei a república, estava tudo fechado. Bati de janela em janela, até que a última delas me atendeu. Um rapaz tocava violão, e perguntou:
- Deseja alguma coisa?
- Ah, eu queria me hospedar aqui!
- Você? Bom, você vira a direita e fala com o recepcionista.
Ao conversar com este, informei o nome do meu amigo.
- Ah sim, O beto! Sim sim, claro que você pode ficar aqui. Deu sorte, só tem um quarto vago, que o rapaz foi embora hoje!
- Obrigada. - Disse .
Ao entrar no quarto, vi que a porta não tinha tranca. Mas aqueles eram outros tempos! Não me preocupei muito com isso, e fui dormir.
Acordei animada, pronta para conhecer a cidade. Quando fui me direcionar ao banheiro, um rapaz perguntou:
- Vai usar?
- Ahan.
- Então, espera um minuto!
Daí ele correu e bateu na porta de mais dois quartos. 10 caras saíram correndo para o banheiro, e saíram cheio de cuecas e mais umas coisinhas na mão, suados.
- Agora você pode entrar!
Ri com a recepção, e fazendo um rabo-de-cavalo me preparei para um dia empolgante.
Naquela madrugada, acordei com a sensação de que tinha alguem me observando. Olhei em volta e vi: um homem estava sentado na cadeira, me observando. Pulei da cama.
- QUEM É VOCÊ?
- Eu que pergunto: quem é você?
- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - Berrei.
- Eu que pergunto, por que esse é o MEU quarto e a MINHA cama!
Depois de muita confusão fui entender: O homem que tinha viajado perdeu o ônibus.
Fiz minhas malas e entrei junto com umas amigas na república feminina, sem que a recepcionista percebesse minha presença.
Baseado em fatos reais.
Passava as férias em Belo Horizonte, e resolvi visitar Ouro Preto. Não pretendia ficar muito dias lá - no máximo um final de semana. Peguei o ônibus e acabei tirando um cochilo, cansada por ter virado a noite numa festa. Acordei com o ônibus freiando, e percebi que estava em um posto de gasolina.
Olhei em volta: ninguém.
- ô moço, onde é que eu tô?
- Bom, aqui é a última parada.
- Mas eu quero ir para Ouro Preto!
- Então é isso mesmo. Eu só venho até aqui, aí você pega outro ônibus.
Foi o que eu fiz. Com o nome da república masculina que eu ia me instalar - recomendação de um amigo meu - cheguei em Ouro preto. Já estava noite, e quando finalmente encontrei a república, estava tudo fechado. Bati de janela em janela, até que a última delas me atendeu. Um rapaz tocava violão, e perguntou:
- Deseja alguma coisa?
- Ah, eu queria me hospedar aqui!
- Você? Bom, você vira a direita e fala com o recepcionista.
Ao conversar com este, informei o nome do meu amigo.
- Ah sim, O beto! Sim sim, claro que você pode ficar aqui. Deu sorte, só tem um quarto vago, que o rapaz foi embora hoje!
- Obrigada. - Disse .
Ao entrar no quarto, vi que a porta não tinha tranca. Mas aqueles eram outros tempos! Não me preocupei muito com isso, e fui dormir.
Acordei animada, pronta para conhecer a cidade. Quando fui me direcionar ao banheiro, um rapaz perguntou:
- Vai usar?
- Ahan.
- Então, espera um minuto!
Daí ele correu e bateu na porta de mais dois quartos. 10 caras saíram correndo para o banheiro, e saíram cheio de cuecas e mais umas coisinhas na mão, suados.
- Agora você pode entrar!
Ri com a recepção, e fazendo um rabo-de-cavalo me preparei para um dia empolgante.
Naquela madrugada, acordei com a sensação de que tinha alguem me observando. Olhei em volta e vi: um homem estava sentado na cadeira, me observando. Pulei da cama.
- QUEM É VOCÊ?
- Eu que pergunto: quem é você?
- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - Berrei.
- Eu que pergunto, por que esse é o MEU quarto e a MINHA cama!
Depois de muita confusão fui entender: O homem que tinha viajado perdeu o ônibus.
Fiz minhas malas e entrei junto com umas amigas na república feminina, sem que a recepcionista percebesse minha presença.
Baseado em fatos reais.
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